As polêmicas envolvendo o jogo realizado ontem entre Vasco e Chapecoense trouxeram à tona indícios de como se dá a interferência e a maneira como o presidente da Federação de Santa Catarina vem conduzindo para blindar as quatro equipes de seu estado contra o rebaixamento.
Em resposta ao pronunciamento do presidente cruzmaltino, Eurico Miranda, Delfim afirmou que jamais invadiu vestiário de árbitro, proferindo as seguintes palavras: “Ele (Eurico) aponte somente um árbitro do Brasil que diga que entrei em vestiário para tentar cantar a arbitragem, pedir favorecimento ou qualquer coisa ilegal”. Leia mais
Certo é que logo em seguida surgiu a informação no sentido de que constou na súmula da arbitragem do jogo realizado entre Chapecoense e Vasco pelo primeiro turo do Campeonato Brasileiro que efetivamente o Sr. Delfim entrou no vestiário do árbitro naquela partida.
A situação que se levanta é: como presidente da Federação Catarinense e natural delegado dos jogos cujo mando são das equipes daquele estado, o Sr. Delfim pode entrar no vestiário da arbitragem. Entretanto, ainda que se admita seu ingresso no vestiário, o fato é que Delfim de Pádua mentiu, pois afirmou categoricamente que não entrou no vestiário da arbitragem e a prova que o contradiz é justamente a súmula do juiz que apitou o jogo do primeiro turno entre Chapecoense e Vasco, o qual coincidentemente(!?) foi o mesmo que apitou a partida de volta.
Isto sem considerar um sem número de escândalos que envolvem o nome deste senhor que está à frente da Federação de Santa Catarina há inacreditáveis 30 anos.
É a capitania hereditária da federação.
E a alcunha serve bem, pois o Sr. Delfim emprega na entidade que preside a nora e o próprio filho, Delfim Peixoto Neto. Veja a matéria completa.
Como se isto não bastasse, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, também possui um cargo com alto salário na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. O cargo ocupado é o de Procurador Jurídico com remuneração de R$ 24.105,36. Confira.
Enfim, é necessário que haja uma investigação séria e se apure se realmente há algum tipo de pressão para que os árbitros favoreçam as equipes catarinenses que estão sob proteção do Sr. Delfim de Pádua.