Segundo jornalista, é impossível aceitar esta derrota do Vasco

Geralmente eu espero um tempo para escrever depois dos jogos do Vasco. Escrever sob o calor de um resultado geralmente é sinônimo de elogios exagerados em vitórias e críticas exacerbadas nas derrotas. Mas nessa derrota por 1 a 0 para o Corinthians, não vale a pena aguardar a calma vir. Não há como manter a tranquilidade depois de ver o time perder com um gol completamente irregular na cara da arbitragem.

Houve quem dissesse que “o gol foi de mão, mas saiu porque o Vasco recuou demais no segundo tempo”. E DAÍ??? Isso altera o fato de que se não fosse a falha grotesca da arbitragem, o jogo poderia acabar empatado?

O Vasco passa por dificuldades incríveis, não tem um elenco repleto de opções, tomou uma punição exemplar que lhe prejudicou enormemente e ainda prejudica. Tudo o que o time não precisa é ser derrotado com o auxílio dos juízes. Sim, porque da forma como o Jô fez o gol, na cara do árbitro de linha, o que aconteceu não foi um simples equívoco. E isso, num confronto entre um clube que volta e meia é favorecido pela mesma arbitragem e o outro que, em 24 rodadas, não teve UM pênalti marcado a favor e teve uma penca marcados contra.

Uma derrota em Itaquera não seria um absurdo e não chega a ser catastrófica para a campanha do Vasco. Mas é impossível acertar perder dessa forma com sangue frio.

Sobre o Jô, o que dizer? Seguir com a história de que “não viu” aonde bateu a bola, como se o seu braço não tivesse o sentido do tato, é patético. Só piora a situação. E isso depois do próprio Jô ter falado tanto em honestidade quando foi beneficiado pelo “fair play” do Rodrigo Caio.

Mas vale dizer: Jô poderia ter sido honesto pelo menos depois da vitória consumada. Mas é demais exigir que um jogador assuma que fez um gol com a mão. Quem está completamente errado nessa história foi o juiz de linha, que estava a poucos metros do lance e, não há como negar, viu, sim, a irregularidade do lance. Esse senhor não deveria apenas tomar um gancho, deveria ser banido do esporte.

As atuações…

Martín Silva – suas duas ou três defesas dificílimas durante o jogo foram para o ralo por conta do erro grosseiro da arbitragem.

Madson – pouca ação no apoio e defensivamente não conseguiu evitar que o Corinthians atuasse pelo seu lado de campo.

Breno – algumas escorregadas no começo do jogo, mas foi importante cortando bola pelo alto.

Anderson Martins – vinha fazendo uma boa partida, mas não acompanhou o Jô no lance em que o atacante marcou o gol de mão.

Ramon – conseguiu ser mais eficiente na cobertura da sua lateral que o Madson. Na frente, fez uma boa finalização, que parou nas mãos do goleiro Cássio.

Jean – entrou na pilha do jogo e em alguns momentos foi afobado na marcação. Saiu para a entrada do Éder Luis, do qual não há nada a se falar.

Gilberto – ficou poucos minutos em campo e saiu por contusão, dando lugar ao Escudero. O gringo até parece ter boas ideias, mas não parece ter habilidade para executar o que pretende.

Mateus Vital – boa atuação do garoto, que mostrou confiança e personalidade para criar jogadas e finalizar algumas vezes.

Wagner – discreto no primeiro tempo, ficou ainda mais sumido no segundo, quando cansou.

Nenê – chamou a responsabilidade e foi o melhor do time na linha. Criou jogadas e fez boas finalizações, mas deu uma apagada na metade final do segundo tempo.

Andrés Ríos – pouco acionado, teve poucas chances para fazer alguma coisa. Deu lugar ao Paulinho, que entrou para dar velocidade aos contra-ataques do time, sem conseguir dar muito trabalho ao adversário.

Pra terminar: se o gol com o braço do Jô fosse marcado contra outro adversário, será que as ajudas externas não oficiais ficariam caladas? Esse é outro motivo, muito pouco ou nada citado pela imprensa esportiva, para a torcida do Vasco ficar bastante revoltada com o placar da partida.

Fonte: JC Barbosa, do Colina Express – ESPN

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