
Em 1990, o confronto entre Vasco da Gama e Atlético Nacional de Medellín nas quartas de final da Copa Libertadores se transformou em um símbolo da luta contra a corrupção e a influência do narcotráfico no futebol sul-americano. O executivo vascaíno, Eurico Miranda, desafiou publicamente o clima de medo e intimidação ligado ao Cartel de Medellín de Pablo Escobar.
Após o jogo de volta na Colômbia, que terminou em 2 a 0 para o Nacional, Miranda apresentou uma queixa formal à Conmebol, denunciando coerção e irregularidades. Fontes jornalísticas da época revelaram que o árbitro uruguaio, Juan Daniel Cardellino, admitiu ter sido pressionado e intimidado.
Repercussão e Legado
Em uma atitude rara, a Conmebol reconheceu as irregularidades e cancelou o resultado da partida, embora o Atlético Nacional não tenha sido desclassificado. Miranda classificou o desfecho como um “escândalo institucional”.
A história é citada como um momento de resistência moral, em que Eurico Miranda se recusou a ver o futebol se curvar ao crime, como ele mesmo declarou: “O futebol não deve se ajoelhar diante do medo.”
O caso ilustra o contexto das décadas de 1980 e 1990, quando Pablo Escobar e o Cartel de Medellín supostamente usavam o futebol colombiano, incluindo o Atlético Nacional, para lavagem de dinheiro e como ferramenta de poder, sendo a Conmebol criticada por sua alegada “vista grossa” diante da impunidade institucional.
Fonte: Nokosphere/Tradução Google