
O Vasco da Gama se despediu da Copa Sul-Americana na terça-feira (22) após empatar em 1 a 1 com o Independiente del Valle, em São Januário, pelo jogo de volta dos playoffs. Com a derrota por 4 a 0 no jogo de ida, em Quito, o placar agregado de 5 a 1 confirmou a eliminação precoce do clube, que voltou a competições internacionais após cinco anos com grandes expectativas, mas terminou sob vaias e protestos contra o presidente Pedrinho.
Expectativas frustradas
A volta à Sul-Americana era vista como prioridade pela diretoria de Pedrinho, que considerava o torneio a melhor chance de conquistar um título em 2025. O projeto foi usado como argumento em negociações com treinadores, como Renato Gaúcho e Fernando Diniz, e para tentar renovar contratos de jogadores como Payet, Vegetti, Léo Jardim, Rayan e Coutinho. No entanto, a saída de Payet em junho e a falta de reforços prometidos comprometeram o planejamento.
Campanha marcada por tropeços
Sob o comando inicial de Fábio Carille, o Vasco priorizou a Sul-Americana, poupando titulares no Brasileirão, como na derrota por 3 a 0 para o Corinthians. Na estreia contra o Melgar, no Peru, o time empatou em 3 a 3 após ceder o empate nos minutos finais. Carille dirigiu os três primeiros jogos da fase de grupos (Melgar, Puerto Cabello e Lanús), mas foi demitido em abril após derrota para o Cruzeiro no Brasileirão.
Felipe Loureiro assumiu interinamente e esteve à frente na goleada vexatória por 4 a 1 para o Puerto Cabello, na Venezuela, um dos piores resultados da história do clube. Fernando Diniz estreou na competição contra o Lanús, com derrota por 1 a 0, e garantiu a vaga nos playoffs com uma vitória por 3 a 0 sobre o Melgar, mas como vice-líder do Grupo G.
Vexames fora de casa
A campanha foi marcada por duas goleadas sofridas fora de casa. Contra o Puerto Cabello, o Vasco foi dominado e sofreu três gols nos primeiros 20 minutos do segundo tempo, com falhas individuais e coletivas. Após o jogo, Felipe Loureiro atribuiu o resultado à falta de atitude dos jogadores. A derrota levou a mudanças no departamento de futebol, com a demissão de Marcelo Sant’anna e a contratação de Admar Lopes como diretor esportivo.
Em Quito, contra o Independiente del Valle, a expulsão de Lucas Piton aos 11 minutos deixou o Vasco vulnerável, sofrendo 17 finalizações no primeiro tempo e quatro gols no total. A equipe se limitou a defender, mas acumulou erros defensivos que selaram o placar de 4 a 0.
Despedida melancólica
Em São Januário, o Vasco não conseguiu reverter a desvantagem. Apesar de criar chances, o time viu Spinelli abrir o placar para o Del Valle, ampliando a vantagem para cinco gols no agregado. Sob vaias e protestos, com parte da torcida virando as costas para o campo, o Vasco empatou com Vegetti, mas o resultado não evitou a eliminação. A decepção foi agravada pela situação do clube no Brasileirão, onde soma 14 pontos após 14 rodadas, na 16ª posição, próximo à zona de rebaixamento.
Fonte: ge