
O Vasco da Gama foi eliminado da Copa Sul-Americana após empatar em 1 a 1 com o Independiente del Valle, na terça-feira (22), em São Januário, pelo jogo de volta dos playoffs das oitavas de final. Após a derrota por 4 a 0 no jogo de ida, em Quito, o empate não foi suficiente para garantir a classificação. O técnico Fernando Diniz lamentou as oportunidades desperdiçadas, comparando o desempenho ao empate com o Grêmio na rodada anterior do Brasileirão.
“Eu acho que se repetiu hoje o que aconteceu contra o Grêmio. A gente teve um volume interessante na parte de criação e cedeu pouco contra-ataque. E, assim como foi contra o Grêmio, a gente teve muita chance clara de fazer o gol, eles não tiveram quase chance nenhuma e conseguiram fazer o gol deles. A gente poderia até ter resolvido ou encaminhado a classificação no primeiro tempo”, afirmou Diniz.
Reforços e limitações financeiras
Questionado sobre possíveis reforços, Diniz foi cauteloso, destacando as restrições financeiras do clube. “Quando vim para cá, eu sabia que existia uma escassez de recursos financeiros para contratação. A gente está no mercado, espero que a gente consiga contratar, mas não vai chegar um monte de jogador aqui. Vocês sabem disso, não tem recurso financeiro. A gente vai acabar arriscando nas contratações”, explicou. Ele mencionou tentativas frustradas, como a do atacante Hinestroza, e reforçou que o Vasco busca jogadores dentro de sua realidade financeira, como foi o caso de Nuno Moreira, que trouxe retorno técnico apesar de ser desconhecido inicialmente.
Protestos da torcida e contexto do clube
Durante a partida, a torcida vascaína protestou, com membros de uma organizada virando as costas para o campo quando o Independiente abriu o placar e vaiando o zagueiro João Victor, como já havia ocorrido contra o Grêmio. Diniz contextualizou as reações: “As vaias são normais. Não é por conta do que o time tem feito, mas pelos resultados e pelo histórico recente do Vasco. A torcida a gente tem que tratar que nem um cristal. Ela merece ver o time correr, lutar, a gente está tentando, mas ela vive de vitórias e de títulos”.
Ele destacou a história de conquistas do clube e afirmou que a melhora virá com vitórias. “Acredito que estão vendo que o time está produzindo, que é um time diferente, que todo mundo corre e luta, mas a gente precisa ganhar jogos. E eu acho que isso está perto de acontecer. Porque é um time que trabalha muito e não se entrega”, completou.
Defesa de João Victor
Sobre a relação conturbada de João Victor com a torcida, Diniz defendeu o zagueiro: “A torcida não quer vaiar o João Victor, ela quer vencer. Ele é bom jogador, não tá jogando só comigo. Está com todos os treinadores que passaram aqui. É o jogador mais rápido que a gente tem no elenco, perde pouco duelo e bola no alto. Falhou no passado, mas não posso falar que comigo ele tem jogado mal. Hoje pegou um atacante difícil de ser marcado e ganhou praticamente todos os lances”.
Fonte: ge