As temperaturas na área de Curicica marcam em média 29 graus de manhã, horário dos treinos. O trabalho integral foi abolido e só deve ser retomado em Atibaia, interior de São Paulo, onde o ar fresco semelhante ao de Pinheiral, no sul-fluminense, predomina. A mudança de estilo acontece justamente no momento em que a intensidade das atividades aumentou.

Com isso, a reposição de nutrientes, o descanso e até a imersão na banheira de gelo (tratamento chamado de crioterapia, com o intuito de acelerar a recuperação), colocada no próprio campo, são fundamentais para evitar a perda de força. O meia Dakson lembra o equilíbrio do trabalho na academia e explica que não sente muito as dificuldades por ser nordestino.
– Dá para perder até uns três quilos depois da atividade nesses dias aqui. É duro, mas é bom para a gente e estamos bem orientados pelo pessoal do clube. Eu sou de Alagoas, então cresci com esse clima e tenho que estar disposto o tempo todo – brincou.
O colombiano Montoya já havia enfrentado a pré-temporada no Brasil, em janeiro, e passou no teste. Ele aponta que a adrenalina pela volta do contato com a bola também gera mais suor.

– A preparação está muito boa mesmo. O suor que vamos sentindo aumenta com adrenalina das disputas mais fortes, e isso mostra que está sendo bem feito. Todos sabem que no Rio o calor é muito forte. No frio, a gente se abriga para não sofrer com a mudança. Mas aqui é sempre parecido.
O ambiente das partidas ainda vai demorar a voltar, até porque não há jogos-treino previstos por ora. Provavelmente, após o começo dos coletivos a comissão técnica marcará uma movimentação deste tipo em Atibaia, a dias de enfrentar o Santa Cruz, na volta das competições. Neste sábado, chegou a ser cogitado um amistoso com Duque de Caxias, mas não houve acordo. Enquanto isso, o lateral André Rocha revela sua saudade de rever a torcida.
– Sentimos muita falta do clima de jogo, do astral do ambiente do jogo. Mas temos feito trabalhos fortes, pegados, o que é bom para aproveitar bastante para corrigir o que vínhamos fazendo errado. Só que nada disso tem a torcida, que sempre faz falta para o jogador.
Já Diego Renan reconhece que o estilo de pré-temporada é necessário para recuperar os 13 dias de férias. Antes, o Vasco estava no limite da fadiga e precisava urgentemente repousar.
– Essa parte, pelo período em que ficamos parado, lógico que faz chegar um pouco abaixo. A primeira semana é mais para recondicionar, e o foco principal é sempre deixar todos os jogadores na mesma condição. Para que quando voltarmos aos jogos, todos estejam iguais e consigamos superar o adversário nessa parte – disse o lateral.

Fonte: GloboEsporte.com