Atacante do Vasco sobre drama cardíaco: 'Tenho 28 anos e não quero parar'

vasco coletiva everton costa (Foto: Edgard Maciel de Sá)

 

Pela primeira vez desde que sofreu uma arritmia cardíaca, no dia 16 de abril, o atacante Everton Costa veio a público para relatar seu drama. O jogador do Vasco tem uma cirurgia marcada para a semana que vem e seu futuro no futebol ainda é incerto.

Acompanhado de sua esposa e ao lado do diretor do departamento médico cruzmaltino, Clóvis Munhoz, e do cardiologista Gustavo Gouvea, ele demonstrou força de vontade em dar continuidade a sua carreira, embora clinicamente isto ainda não esteja garantido.

“Creio que vou voltar a jogar e jogar bem, porque tenho 28 anos e não quero parar agora. Tenho muito o que fazer e mostrar também. Vocês vão ver o Everton jogando ainda. No Vasco ou por outro clube. Creio que farei história”, declarou.

*Mais informações em instantes

Entenda o caso

No dia 16 de abril, na partida entre Vasco e Resende, pela Copa do Brasil, em São Januário, Everton Costa sentiu dores no peito no início do segundo tempo. Após pedir para ser substituído, ele sofreu um mal súbito no banco de reservas e teve que ser reanimado na ambulância do estádio.

Encaminhado ao hospital, o jogador passou por uma bateria de exames onde foi constatada uma miocardite (inflamação no músculo do coração), o que gerou uma arritmia cardíaca.

Após período de observação e uma nova ressonância magnética na semana passada, foi diagnosticado que não houve uma grande evolução no quadro de recuperação e a tendência é a de que uma espécie de cicatriz fique na região inflamada do coração do atleta.

Diante do fato, o cardiologista Gustavo Gouvea optou por um procedimento cirúrgico chamado de “desfibrilador implantado”, que consiste em colocar um dispositivo que dispara choques automaticamente caso a pessoa apresente um novo quadro de arritmia.

Especialista na área, Gouvea admitiu que não há casos de jogadores no Brasil atuando com este desfibrilador profissionalmente. O médico, porém, ressalta que estudos apontam mais de 300 atletas pelo mundo com o implante atuando normalmente, sem nenhum quadro de morte registrado.

Everton Costa ainda ficará mais cinco meses em tratamento e,  só após este período, tomará a decisão pela continuidade ou não da carreira.

Fonte: UOL Esporte

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