
Após a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Fluminense na semifinal da Copa do Brasil, o técnico Fernando Diniz analisou o desempenho do Vasco, defendeu suas escolhas e destacou a evolução mental e tática do time.
Análise da Virada e Flutuação no Jogo
Diniz reforçou que a virada foi merecida e analisou o primeiro gol do Fluminense como falha de bola parada:
”Bola, de duelos. Como outra bola parada que marcamos mal. Temos coisas para corrigir assim como o Fluminense terá. É uma disputa que está em aberto.”
Ele negou que o time tenha entrado nervoso, atribuindo a ausência de finalizações no alvo no primeiro tempo a questões de encaixe, não de nervosismo, e comparou a partida positivamente com outros jogos decisivos:
”Não achei o time nervoso no início. Acho que teve uma alternância de domínio. Começamos bem e depois o Fluminense chegou. Depois entramos no jogo novamente, ficou equilibrado e terminamos melhor… Foi um jogo de poucas oportunidades no primeiro tempo. Acho até que o jogo foi melhor que a maioria dos jogos decisivos.”
Gestão do Elenco e O Processo Mental
Questionado sobre ter quatro jogadores ofensivos no banco, Diniz defendeu suas escolhas, priorizando a dinâmica e integração do grupo:
”É o necessário. Dificilmente vou colocar cinco atacantes. Quando vou compor o banco tem toda uma composição de quem está mais integrado. O Futebol não vive só daquilo que é técnico.”
Sobre a força mental, o técnico disse que a reação do time após a derrota para o Atlético-MG mostra a evolução do grupo:
”Acredito que o mental dos jogadores está em dia. A derrota para o Atlético-MG, embora tinha sido muito atípica, tudo faz parte de um roteiro da semana. Viver é isso. Saber quando temos derrotas significativas e saber como o time reage a isso.”
Ele enfatizou que o bom desempenho não é mágica, mas fruto de um processo contínuo:
”Esse tipo de jogo, com bastante contundência em uma partida decisiva, não é construído em três dias ou em uma semana, mas sim nos sete meses que estou aqui. Os jogadores treinam muito. Já falei mais de uma vez: esse time do Vasco está entre os times que mais trabalham, trabalham com vontade. Merecem coisas boas assim como o torcedor.”
Elogios a Puma Rodríguez e Mecanismos de Saída
Diniz elogiou a performance do lateral improvisado Puma Rodríguez, que, segundo o técnico, tem características raras e é quase ambidestro:
”O Puma foi muito bem, não só hoje, mas no período mais longevo que o Piton ficou afastado. Foi bem na parte ofensiva e defensiva. Deu pré-assistência para o Andres Gomez e acertou a trave. Puma tem características muito interessantes. É alto, quase ambidestro, bate bem na bola…”
Sobre a saída de bola, ele notou que a equipe melhorou no segundo tempo ao reduzir as bolas longas e buscar mais o jogo por baixo:
”Mudamos pouco os mecanismos de saída. Estudamos como o Fluminense marcava, e fizemos o que nos dava mais conforto. Hoje o time soube fazer bem isso. No primeiro tempo acho que deveríamos ter baixado mais, o que melhorou no segundo tempo. Tivemos menos bola longa.”
Fonte: ge