Clubes cariocas debatem violência e se comprometem a romper com organizadas

Os clubes cariocas têm a missão romper com as torcidas organizadas. Pelo menos foi o que disse Rubens Lopes, presidente da Ferj, nesta quarta-feira, na reunião de Comissão de Segurança para Medidas Preventivas e Punitivas, em que estiveram presentes representantes como Pedro Abad (presidente do Fluminense) Fred Luz (CEO do Flamengo) e Anderson Simões (vice-presidente de estádios do Botafogo).

O rompimento consiste basicamente em três pontos, como o clube não dar mais ingressos, não reconhecer como torcida organizada e não dar apoio financeiro. Lopes afirmou que o Flamengo é a equipe mais adiantada no processo.

Além disso, outros pontos discutidos foram a adequação do número de catracas à capacidade do estádio, bloqueios de determinadas vias públicas em jogos específicos, e uma identificação prévia, por meio de barreiras, de quem tem direito ou não de acessar o estádio.

Durante a entrevista coletiva, o mandatário da Ferj fez questão de enfatizar por diversas vezes que as punições precisam ser individualizadas, e não colocadas na conta dos clubes.

– Temos de separar o que está acontecendo dentro e fora de estádio. Problemas que acontecem na porta do estádio são de segurança pública, não do clube. Mas todos entendem que a sanção tem de ser individualizada por aquele que transgredir (…) É muito fácil o Tribunal de Justiça Desportiva tirar dez mandos de campos do clube “A” ou do clube “B”, mas será que o clube foi responsável por aquilo? – disse Lopes.

No entanto, o dirigente confirmou que existe a possibilidade dos clubes perderem pontos, em casos específicos:

– Perda de pontos é a punição mais grave que pode acontecer. É a primeira vez que se cogita. Estas perdas de pontos seriam cogitadas no caso de o clube estar ligado ao torcedor organizado – afirmou.

Os pontos discutidos serão debatidos na semana que vem com o Tribunal de Justiça e Polícia Militar. A Ferj ainda tenta agendar encontro com o Ministério Público e com o Secretário de Segurança.

Uma nova reunião com os clubes está marcada para a próxima segunda-feira, e Rubens Lopes preferiu não estipular prazo para o processo ser finalizado.

– Não temos prazo para isso tudo ser finalizado e nem para encerrar esse processo. O processo tem que ser dinâmico, sempre sendo ajustado à medida que as coisas vêm acontecendo.

A Taça Guanabara começa no próximo dia 16, com a partida Botafogo x Portuguesa.

Fonte: GloboEsporte.com

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