MP-RJ entra com ação para que clássicos cariocas tenham torcida única

O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou nesta quarta-feira com um pedido na Justiça para que os clássicos cariocas tenham torcida única.

A informação foi veiculada em primeira mão pela rádio CBN e confirmada pela ESPN.

O pedido surge após um torcedor morrer antes do jogo entre Botafogo e Flamengo, disputado no último domingo, no estádio Nilton Santos, em partida válida pelo Campeonato Carioca.

Diego Silva dos Santos, de 28 anos, morreu baleado durante uma das brigas entre organizadas dos dois clubes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, outras sete pessoas foram encaminhadas ao Hospital Municipal Salgado Filho

Se o pedido for aprovado no Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, apenas equipes mandantes terão torcedores no estádios – a medida será válida apenas para as partidas disputadas entre Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Via assessoria de imprensa, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, afirmou ser totalmente contra a medida.

“Sou totalmente contra. Acho que isso seria uma pá de cal no futebol carioca e que não resolve o problema. As mortes vão continuar longe do estádio como quase sempre acontecem. Além disso, às vezes acontecem conflitos entre ‘torcidas’ do mesmo clube. A única solução é a punição rigorosa das pessoas físicas.”

  • Leia a nota do MP-RJ

 

MPRJ requer em ação torcida única para clássicos de futebol do Rio

Diante de mais uma morte em clássicos de futebol, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ingressou com uma ação civil pública (ACP) no Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, com pedido de liminar, para que as partidas de futebol entre os “quatro grandes” do Rio (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) passem a ser realizados com torcida única — a do time com o mando do jogo — sob pena de aplicação de uma multa de R$ 30 mil por dia em caso de descumprimento.

A ação foi ajuizada nesta quarta-feira (15/2), três dias após o clássico entre Botafogo e Flamengo, no Estádio Nilton Santos (Engenhão), ter acabado em tragédia. O torcedor Diego Silva dos Santos, de 28 anos, foi vítima de homicídio e outros ficaram feridos em frente ao estádio. Para piorar a situação, recentes manifestações têm sido realizada nas portas dos batalhões da Polícia Militar, acenando com possibilidade de desfalque de policiamento na cidade.

“Ao longo dos anos e, quiçá, décadas, diversos procedimentos têm sido instaurados e ações civis públicas ajuizadas para tratar de condutas graves, como a participação e o envolvimento de torcidas organizadas em brigas, atos de violência, rixas, homicídios”, escreve o promotor de Justiça Rodrigo Terra, responsável pelo ajuizamento da ação civil pública.

O Estatuto do Torcedor prevê que a entidade com mando de campo deve articular as medidas necessárias para garantia da segurança antes, durante e depois do evento. Além dos quatro grandes clubes do Rio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) são réus do processo por serem responsáveis pela organização dos campeonatos e garantia de segurança dos torcedores.

Diante da impossibilidade de controle de acesso ao estádio e identificação dos respectivos integrantes, a ação pede, em caráter liminar, a proibição da comercialização de ingresso para a torcida adversária ao clube que tenha o mando de jogo, nos clássicos regionais. Vale lembrar que uma medida semelhante foi adotada nos clássicos do futebol paulista, resultando na redução em 75% no número de embates entre torcidas rivais.

Na ação, o promotor pede, ainda, que os clubes cadastrem e mantenham atualizadas, mensalmente, as informações de suas torcidas organizadas, identificando cada um dos integrantes por nome e CPF. Também pede a condenação dos clubes para que se abstenham de fornecer gratuitamente ingressos às suas torcidas organizadas referentes aos clássicos entre os “quatro grandes” do Rio de Janeiro.

Fonte: ESPN

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