Craque italiano, não esconde a influência que teve em Juninho Pernambucano para bater tão bem na bola

Juninho Pernambucano foi um dos melhores jogadores brasileiros de sua geração (e que geração!), e tinha como principal arma em campo as cobranças de falta. Com as camisas de Vasco e Lyon, principalmente, o ‘Reizinho’ fez história. A maestria ao bater na bola era tão única que serviu de exemplo para que outro grande craque se inspirasse na hora de treinar as suas batidas à longa distância.

Em sua biografia (intitulada ‘I Think Therefore I play’, traduzida livremente como ‘Eu penso, logo Jogo), Andrea Pirlo dedica boa parte de um capítulo explicando como o pernambucano que completa 42 anos nesta segunda-feira (30) mudou a maneira como ele, Pirlo, batia faltas. São páginas que demonstram muito bem o tamanho deste meio-campista, que atualmente trabalha comentando jogos na TV e no rádio.

“Eu sou italiano, mas também sou em parte brasileiro. Podem até me chamar de Pirlinho. Quando eu bato faltas, penso em português”, escreveu o craque histórico de Milan, Juventus, Seleção Italiana e que atualmente defende as cores do New York City. Pirlo garante que suas cobranças têm o seu DNA, a sua identidade, mas a inspiração foram os arremates que Juninho dava enquanto vestia a camisa do Lyon – e ajudaram o clube francês a emplacar uma dinastia incrível de títulos no país.

Encantado com o modo como Juninho batia na bola, o italiano começou a estudar a arte do ídolo vascaíno: colecionou DVD’s e também pegava o máximo de fotos nas quais o brasileiro aparecia chutando uma bola. Após horas de estudo, Pirlo decifrou o segredo… mas, apesar de toda a sua categoria, isso não lhe garantia o sucesso nas faltas.

Nesta época, Pirlo ainda era jogador do Milan e fazia o terror dos roupeiros ao pedir um número quase infinito de bolas só para treinar a ‘falta à lá Juninho’. O resultado era tão ruim, que os torcedores que estavam do outro lado do muro do CT milanista passaram a colecionar as pelotas arrematadas pelo camisa 21. Para não ficar mal na foto, Pirlo fingia que as chutava para dar presente aos torcedores.

Em um ato de extrema sinceridade, o craque campeão do mundo com a Itália em 2006 relata que estava sentado na privada, relaxado, quando descobriu o segredo de Juninho: “a fórmula mágica era como a bola era chutada, e não onde”. No dia seguinte, lá estava ele para treinar mais uma vez as batidas diretas. E deu certo!

“Foi algo de absoluta beleza, impecavelmente estilizada. Eu preparei outros cinco chutes e todas as vezes a história se repetia. Ali passava a ser oficial, eu havia desvendado. Não havia mais segredos”, escreveu o italiano, que assim como o brasileiro encantou o mundo em belíssimas cobranças de falta.

Durante a participação italiana na Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil, os dois se encontraram e trocaram elogios e camisas. Uma tietagem no mais alto nível!

Fonte: GOAL

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