Caso fosse necessário usar um nome para definir o clássico entre Flamengo x Vasco, disputado ontem em Brasília, o nome seria indiscutível: Martin Silva.
Em poucos minutos de partida, o goleiro já acumulava quatro defesas difíceis, em duas delas defendendo chutes à queima roupa de Paolo Guerrero. Ao longo dos noventa minutos, ele acumularia seis em uma noite de gala contra o maior rival. Outras dignas de nota vieram em chutes do lateral Jorge e do meia Éderson.
Quanto ao lance do gol flamenguista, Martin nada poderia fazer em uma bola cruzada na área que teve negligência de Rodrigo na marcação em Marcelo Cirino.
A diretoria vascaína fretou um jato de R$ 100 Mil para que o jogador pudesse estar à disposição do técnico Jorginho. E aposto como ninguém em sã consciência está arrependido de algo que foi providencial para que o Vasco conquistasse um ponto diante do Flamengo, colocasse dois de vantagem para o Fluminense, ampliasse o número de partidas sem perder para o rival e relegasse o rubro-negro a uma vexatória sexta colocação em um octogonal decisivo.
Em todas as situações em que o goleiro fica impossibilitado de atuar, a torcida vascaína fica de cabelo em pé, pois ele foi o homem que solucionou os problemas crônicos de uma posição que não tinha dono absoluto há algum tempo depois da saída de Fernando Prass.
Antes da chegada do arqueiro uruguaio, o Vasco literalmente sofreu com Michel Alves, Diogo Alves e Alessandro, perdendo pontos importantes em torneios de 2013.
Com a chegada de Martin Silva em 2014, contratado junto ao Olímpia, o coração dos vascaínos deixou de sofrer emoções fortes e passou a vibrar com intervenções que sempre carregam uma tranquilidade e a marca do milagre.
Achamos na meta um ídolo do nível de Acácio, Hélton, Carlos Germano e Fernando Prass. Sem exagero algum, pode ser que tenhamos encontrado o maior de todos eles.