Como parar Nenê? Marcação do Bota por zona tem novo embate contra rival

Como anular um jogador que, mesmo recebendo atenção especial dos adversários, já marcou cinco gols no Campeonato Carioca, deu quatro assistências e pode ser fatal a cada bobeada? O Botafogo terá mais uma vez esta árdua tarefa neste domingo, às 16h (de Brasília), em São Januário. No primeiro clássico com o Vasco na temporada, que terminou com o placar de 1 a 1, a marcação alvinegra ofereceu espaços para o meia cruz-maltino, que flutua de um lado para o outro do campo. Mas de certo modo funcionou. O único lance de perigo do camisa 10 vascaíno foi um chute na trave de Jefferson que poderia ter matado o jogo do último dia 28 de fevereiro.

Nos demais momentos em que o craque vascaíno recebeu a bola com liberdade, não conseguiu dar sequência ao ser pressionado.  A marcação do Botafogo é feita por zona e começa pelos atacantes. Gegê também acompanha o lateral, mas o ferrolho mesmo fica no trio de volantes do meio de campo, composto por Rodrigo Lindoso no lado esquerdo, Bruno Silva no direito e Airton entre os dois, na posição central. Cada um cuidando do seu espaço. Apesar do risco oferecido com “buracos” entre as linhas defensivas, o Botafogo vai repetir a tática e tentar diminuir os espaços para o reencontro com o adversário e seu camisa 10.

– É um jogador que a gente sabe que tem que ter bastante atenção, que pode mudar o jogo. A gente vai ter que marcar ele de perto para não causar problemas. A gente marca por zona, não atravessa. Eu não atravesso o lado do Lindoso, ele não atravessa o meu… Quando cai no setor de um, a gente acaba pegando – explicou Airton.

Embora tenha oferecido espaços, a estratégia alvinegra de certa forma funcionou, pois o único gol sofrido pelo Botafogo no primeiro clássico foi fruto de uma falha individual de Diogo Barbosa. Bruno Silva avisou que o time não vai ir a São Januário apenas para se defender, mas foi outro a mostrar preocupação com Nenê. O volante também saiu em defesa do sistema alvinegro e não viu necessidade para uma marcação homem a homem.

 

Nenê, Vasco x Botafogo (Foto: Arte Esporte)

– É um grande jogador, vem fazendo grande campeonato. Mas não só ele, temos que ter atenção com a equipe do Vasco no geral. Vamos para jogar também, querendo a vitória. No jogo vai acontecer uma falha ou outra que a gente tem que procurar corrigir. Mas a gente não tem que se preocupar especificamente com um jogador só, e sim neutralizar os pontos fortes do adversário – argumentou.

Bruno Silva lembrou que há outros jogadores perigosos do lado de lá. Riascos, por exemplo, foi quem marcou o gol no duelo anterior e quem mais assustou Jefferson durante a partida. Desta vez, tanto ele quando Eder Luis, autor da assistência da outra vez, estão fora do jogo. A dupla ainda se recupera de problemas físicos e não está apta para entrar em campo.

Questionado se ele achava que havia conseguido anular o Nenê no primeiro clássico, Ricardo Gomes acredita que não e citou o chute na trave como exemplo. O treinador alvinegro reconheceu que, se o camisa 10 vascaíno estiver em um grande dia, é difícil pará-lo.

– Anular o Nenê? Não, ele chegou a meter uma bola na trave. Se essa bola tivesse entrado, não teria nada disso. Esses detalhes são impossíveis. Jogador como Ribamar, Salgueiro, Nenê, Thalles… Quando está em um grande dia, é difícil você anular – admitiu.

O clássico marca o duelo dos únicos invictos do Carioca e vale a liderança da Taça Guanabara: o Cruz-Maltino defende a ponta com seis pontos, mas pode ser ultrapassado pelo Alvinegro, que tem quatro. Para isso, porém, o time de General Severiano precisará quebrar um jejum de três anos, ou seis jogos, sem vencer o rival.

Fonte: GloboEsporte.com

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