“Ninguém entra duas vezes no mesmo rio”.

Uma coisa é certa com relação ao Vasco: o time que entrou para disputar o Campeonato Carioca é bem melhor do que o grupo elogiado no segundo turno do Brasileirão 2016.

E não seria basicamente o mesmo time, uma vez que as peças foram mantidas? O filósofo Heráclito dizia que “ninguém entra no mesmo rio duas vezes”. Pois bem, o rio vascaíno não é o mesmo do ano passado. Jogadores como Andrezinho, Julio César e Riascos pegaram confiança e estão afinados com a forma de trabalho de Jorginho, que é o maior responsável pelo êxito atual.

E a repetição de um time-base vem levando a um óbvio entrosamento em alguns setores, tais como a defesa(Luan-Rodrigo) e meio-campo (Andrezinho, Julio dos Santos e Nenê).

Ninguém duvida que o time pode ser campeão carioca, o que não tem muito peso no restante da temporada, mas sabemos que há a necessidade de alguns ajustes. E nem é para disputar a Série B, pois sabemos que esse grupo já é suficiente para reconduzir o Vasco à elite em 2017.

Há três defeitos no time costumeiramente escalado como titular: perda de fôlego, dificuldades com contra-ataques e padrão de finalizações muito abaixo da média. A maior parte disso se explica com a escalação de oito titulares com idades acima dos trinta.

Lembro de duas partidas em que a imperfeição ficou evidente: contra o América e o Botafogo. Na partida contra o América, nos minutos finais, o Vasco sofreu com um jogador chamado Leandro; o time leve e marcador do Botafogo deu um grande trabalho com a marcação sob pressão e os contragolpes.

Uma solução para dar um frescor seria promover a entrada de Yago Pikachu e recuar Andrezinho. O ex-jogador do Paysandu vem sofrendo com inadaptação inicial, mas ainda pode ser muito útil. Sequência e firmeza ajudarão o atleta. Outra poderia ser a entrada definitiva de Eder Luis no time na vaga de Jorge Henrique.

Quanto às finalizações, o tal camisa 9 tem que ser descoberto logo. O cruzmaltino precisa de alguém com frieza na pequena área. Riascos ainda desperdiça 70% das assistências que recebe. E percebam que Nenê e Andrezinho são bem generosos na maioria dos jogos.”

* André Lima também escreve para o Turma da Arquibancada (www.turmadaarquibancada.blogspot.com.br)
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Nota: A coluna não reflete a opinião do grupo Vascaínos Unidos.

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