O Vasco sem Nenê

O dia que todo vascaíno temia chegou: o Vasco não terá Nenê na próxima rodada, quando enfrentará o Friburguense. Claro, com a equipe já classificada, o temor não é o resultado que pode vir, mas sim um possível mau desempenho deixar ainda mais óbvia a dependência do time. Jorginho terá que bolar novas alternativas, não apenas para este duelo, mas para a temporada.

Nenhum que entre terá a qualidade técnica, o peso e liderança que o atual camisa 10 tem. E nem se deve esperar isso. Criar opções não é, necessariamente, conseguir um substituto semelhante – o que é praticamente impossível no atual elenco -, mas encontrar uma variação do esquema atual.

Sem Nenê, a bola longa saindo dos pés de Andrezinho e Julio dos Santos pode ser uma das armas. Com isso, a entrada de um atacante de velocidade poderia dar outra cara a equipe. Eder Luís, nesse caso, apareceria como boa opção para o treinador, abrindo pela direita, enquanto Jorge Henrique cai pelo lado oposto com Riascos mais centralizado.

Quem também pode exercer essa função pela ponta é Yago Pikachu. Mas o que muda com a entrada de um ou de outro? A movimentação. Nenê, na teoria, é um meia centralizado, mas flutua constantemente à frente da linha de quatro, formada por Mattos, Julio, Jorge e André, e encostando em Riascos. É literalmente um meia-atacante, desempenhando os dois papeis durante as partidas, de acordo com as necessidades que se apresentam no jogo. Eder e Pikachu são mais previsíveis, sempre buscando o fundo em velocidade pelos flancos.

Por característica, Matheus Índio aparece como o mais próximo de manter a maneira de atuar, mas ainda é uma grande incógnita. Até por isso pode ser um bom momento para testar, mais uma vez, o garoto. Camisa 10 de origem, vem sendo trabalhado por Jorginho nos treinos nessa posição, mas a cobrança para ser mais efetivo e dinâmico ainda é grande. E assumir a responsabilidade de pegar a bola e criar é uma das especialidades de Nenê. Matheus precisa começar a ter também esse pensamento.

Com pontas, mais um centroavante – a entrada de Thalles causaria isso – ou um meia original, Jorginho precisa encontrar uma solução. Para sua sorte, a experiência poderá ser feita exatamente quando o confronto não é nada além que mais um teste, já que a vaga está garantida.

Jogar sem Nenê é uma opção que a torcida certamente não quer se acostumar a ver, mas é necessário encontrar uma saída para quando isto não for uma questão de escolha e sim uma obrigatoriedade.

Fonte: L! – Blog do Garone

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