Depois do protesto da tarde, o início da noite desta sexta-feira foi de confusão em São Januário. Alguns dos torcedores do Vasco que foram se manifestar em frente à sede do clube, mais cedo, tentaram invadir o estádio pelo portão 18, durante o treino do time no local. Eles viram o acesso aberto e se arriscaram a entrar, mas foram barrados por seguranças e alegaram que um dos funcionários disparou uma arma de fogo para dispersar a multidão e fechar a entrada.
– Os caras deram uma brecha, a gente tentou invadir e deram um tiro. Ele levantou um pouco só o braço, não foi para o alto, não. Ele levantou um pouco e atirou. Podia ter acertado um torcedor. Isso é um clube de futebol, não é uma milícia – criticou um torcedor, que não quis se identificar.
– A sorte é porque ele não sabe dar tiro, porque se soubesse acertava um – disse outro vascaíno, que não acredita que o segurança tenha errado a mira de propósito.
Revoltados, eles pressionaram o portão com golpes, e policiais precisaram intervir. Mas não foi o suficiente. Chamando o presidente Eurico Miranda de ditador, os vascaínos retornaram à portaria social e começaram a se pendurar e balançar a grade que cerca a entrada. Para dispersar os torcedores, de dentro do clube foi lançado gás de pimenta, e o policiamento foi reforçado. Depois do protesto pacífico do início da tarde, o grupo avisou: “acabou o amor”.
– A gente não é vagabundo, a gente deixa o trabalho para poder vir aqui cobrar o trabalho sério deste filho da p…, aí chega aqui e é recebido à bala de borracha. Pior que a gente estava passivo, tranquilão, sem tumulto, e no final os caras dão tiro? Isso não pode acontecer, não. É nosso direito, somos torcedor. A gente paga em dia, viaja, abandona a família para viajar para jogo, para esses filhos da p… fazerem isso? Agora acabou o amor, pode avisar. O respeito é isso aí, dar tiro? O Vasco virou milícia agora? – contestou outro cruz-maltino sem se identificar.
Em instantes, outras informações.
Fonte: GloboEsporte.com