Prestes a estrear à frente do comando da Ponte Preta, neste domingo, o técnico Doriva disse que não se arrependeu de pedir demissão do Vasco, em junho.
Em entrevista à Rádio Bradesco Esportes FM Rio, o treinador campeão carioca com o cruz-maltino afirmou que o clube precisava de um ‘choque’ e que não estava mais conseguindo tirar o melhor de seus jogadores, mas que se sentia seguro pela direção.
“Em determinadas circunstâncias, se chega a um limite. Me sentia respaldado pela diretoria e pelo presidente, mas precisava haver um choque para que o time reagisse, e, no meu entendimento, era melhor caminho [a demissão], pra que chegasse uma pessoa que tirasse dos atletas o que eu não estava mais conseguindo. O presidente aceitou e entramos em comum acordo, não me arrependo”, disse Doriva.
O treinador também elogiou a postura de Eurico Miranda, de quem se declarou fã, e ressaltou que deixou uma porta aberta para um possível retorno ao Gigante da Colina.
“Eu soube entrar e soube sair do Vasco. Fiquei com as portas abertas para um futuro retorno. (…) Sou um admirador da conduta do Eurico, sem se envolver com o ambiente externo”, completou.
Treinador confirma contato com o Botafogo
Antes de acertar com a Ponte, Doriva disse que chegou a conversar com Antônio Lopes, gerente de futebol do Botafogo, para assumir o cargo deixado por Renê Simões. No entanto, ele disse que as conversas não evoluíram.
“Tive contato com o professor Lopes, conversamos, mas havia outros nomes, e não houve uma sequência. Eles optaram pelo Ricardo Gomes. Fiquei feliz, porque é um grande profissional, que teve um problema dessaúde. Estou torcendo pra que ele faça um bom trabalho e traga o Botafogo pra primeira divisão.
Doriva pede cuidado com o Flamengo
À exemplo de suas estreias pelo Atlético-PR e pelo Vasco, a primeira partida de Doriva à frente da Ponte Preta será contra o Flamengo, às 16h, no Moisés Lucarelli, com transmissão da Band. Doriva alertou para a qualidade e poder de decisão dos jogadores do Flamengo e disse que seu time terá que se superar para vencer.
“O Flamengo é uma grande equipe, que se reforçou. Vinha numa ascensão e teve um tropeço contra o Santos. Temos que ficar atentos, porque tem jogadores decisivos e, se cochilarmos, eles decidem o jogo. Sheik, Guerrero, Everto, são jogadores que temos que estar atentos. Temos que dar 110% pra superá-los”, ressaltou.
O treinador confirmou que traz para a Ponte a mesma motivação que teve no Vasco.
“É lógico que a tradição é diferente, mas a ambição é exatamente a mesma que eu tinha no Vasco, que é colocar a ponte num lugar de destaque, com muita motivação”, concluiu.
Fonte: BAND.com.br