Keila Costa olhava para o lado e via a colombiana Caterine Ibarguen, atual campeã mundial do salto triplo. Sabia que seria muito difícil vencê-la nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Naquele cenário, o ideal era uma medalha de prata. Com o salto de 14,50m, a brasileira conseguiu o segundo lugar no pódio e viu a favorita saltar 15,08m. A marca de Keila supera o índice exigido para os Jogos Olímpicos do Rio, mas não pôde ser validada por conta do vento acima do permitido (2.9m/s). A medalha de bronze ficou Yosiri Urrutia, da Colômbia, com a marca de 14,38m. Nubia Soares, outra brasileira na prova, terminou na 11ª colocação, com 13,57m.
– Saí com a medalha de prata que era o meu objetivo, estou feliz. Agora é descansar um pouco e ir para o salto em distância com chance de medalha também. Eu vim sabendo que ia ser uma competição forte, que as meninas iriam saltar acima dos 14m, e para estar no pódio teria que saltar a minha melhor marca – disse Keila
A medalha pan-americana veio em um momento especial na carreira de Keila, que vem conseguindo manter uma média de resultados. Há quatro anos, a saltadora sofreu com problemas de lesão e precisou manter o foco para se recuperar e brigar entre as melhores na competição continental.
– Todos os atletas têm lesões, a cabeça fica ruim porque você quer fazer e não consegue, mas agora sem lesão tudo sai mais fácil – completou.
De sapatilhas novas, Giovani acaba desclassificado
Na final dos 10.000m, o brasileiro Giovani dos Santos ficou com o quarto lugar, mas acabou desqualificado por usar a mão sobre outro competidor para abrir espaço. A medalha de ouro foi conquistada pelo canadense Mohhamed Ahmed. A prata ficou com o americano Aron Rono, e o bronze com o mexicano Luis Barrios. Na mesma prova, o brasileiro Daniel da Silva não conseguiu competir o percurso e abandonou a competição depois de sentir dores e taquicardia.
Após a prova, e antes de ser desqualificado da disputa, Giovani contou que aquela foi sua primeira prova usando sapatilhas especiais de pista. Corredor de rua, ele estava acostumado a usar tênis e praticar somente no asfalto, mas ouviu um conselho de um amigo e testou o equipamento dois dias antes da disputa.
– Foi a primeira prova de sapatilha. Ajudou muito. Eu normalmente corro de tênis. A sapatilha de impulsa mais. Onde eu treino não tem pista, acabei adaptando aqui – explicou o corredor brasileiro.
Na final do arremesso de peso, o brasileiro Darlan Romani fez a marca de 19,74m, encerrando a prova apenas na sexta colocação. Com 21,69m, o jamaicano O’Dayne Richards ficou com a medalha de ouro. A prata foi para o canadense Timothy Nedow. O argentino Lauro German fechou o pódio.
Na semifinal dos 800m, a brasileira Flávia de Lima fez o melhor tempo entre as duas semis e disputará a final da modalidade, que acontece nesta quarta-feira. O tempo da brasileira foi de 2m02s.
Fonte: Globo.com