O sistema fantasma do Maracanã

Pessoal,
Ouço hoje diversos relatos de torcedores que compraram ingressos e ficaram sem ingressos. Sou um desses de diversas formas. Meu irmão, comprador oficial de ingressos da família, comprou quatro tíquetes e de repente eles sumiram do sistema. Eu comprei um, recebi o email de confirmação e repentinamente eles sumiram.
O Consórcio do Maracanã reclamou acertadamente dos eventos desertos mas quando ocorre um evento de lotação máxima o sistema vira uma entidade espírita com vontade própria.
Eu não acho o consórcio um fracasso total. Perto do que já vivi para ir a jogos no Maracanã e em São Januário, o serviço do estádio é disparado o melhor. Minto: o sistema de pagamento com o cartão de crédito de São Januário é melhor, uma vez que não é necessária a troca de ingresso.
Mas neste jogo o caos se instalou. Espero que o consórcio seja capaz de contornar o problema a tempo. Até acho que o mais adequado é não haver venda física para evitar os tumultos vividos em São Januário essa semana. É muito bonito achar exótico um grupo de jovens bater uma pelada de madrugada em São Januário. Agora vá lá perguntar a eles de manhã se acharam legal a esculhambação de diversas pessoas sairem com 100 ingressos na mão enquanto milhares se espremem na fila.
Na atual zona do futebol brasileiro, vender fisicamente em clubes é pedir para vermos diversos esquemas entre funcionários do clube e amigos, como é comum no Brasil todo. 
Abaixo, copio texto do amigo Freud Irônico, altergo do publicitário e meu amigo Raphael Santos. Ele foi outro que ficou sem ingresso.
@mmpinho
MaracaNão
É mais uma final. Eu que já fui a tantas. Que já chorei algumas vezes. Já sorri inúmeras. Já enfrentei cassetete de polícia, cotoveladas, peregrinações em filas intermináveis, tumultos e até mesmo tiros para o alto. No mínimo, eu deveria estar acostumado.
Mas se tenho uma característica, não sei se defeito, é o fato de não me adaptar ao serviço ruim. Talvez por ser profissional de marketing, especialista em atendimento e, principalmente, pelo caráter cunhado por minha família de buscar sempre oferecer o melhor a quem nos visita.
Por isso não me conformo com a impossibilidade enfrentadas por tantos e tantos vascaínos para assegurar um ingresso na decisão do tão menosprezado campeonato estadual. “Mas é uma final!”, dirão alguns. Sim, responderei. E eu presenciei tantas de campeonatos tão mais importantes quanto chamativos. Finais estaduais, regionais, nacionais, continentais e até mesmo uma final mundial. Todas gerenciadas pelo falido serviço público do Estado do Rio de Janeiro. O que ressalta ainda mais a incompetência vinda de um consórcio que tanto fez questão de reclamar da principal função para o qual o Maracanã foi construído: o futebol.
Vejam vo
cês
 o que disse, através de seu Diretor de Marketing, o Consórcio responsável pelo estádio em março deste ano, em entrevista ao Globoesporte.com:
O Maracanã precisa de um público de 25 a 30 mil. Depende do ingresso médio, mas a conta é essa de 30 mil, algo em torno disso. Para um estádio de 78 mil lugares, é inviável abrir para um jogo como Flamengo x Volta Redonda. É certeza absoluta de prejuízo. O estádio não foi feito para isso“.
Noves fora o óbvio fato de que, sim, o estádio foi feito para isso (partidas de futebol), é até compreensível o pleito por abrigar ali jogos de maior apelo público. O que é ininteligível, contudo, é o fato de que às 13h30 de hoje, o Consórcio informar que foram vendidos menos da metade do total de lugares do estádio
 Fonte: Lancenet Blog do torcedor

 

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