Ao afirmar ser capaz de suar sangue pelo Vasco, Luan pode parecer exagerado. Mas motivos não faltam para o zagueiro mostrar tanta dedicação. Do time titular que pode ser campeão no domingo, ele é o único formado nas divisões de base. Um laço que faz questão de não esquecer.
— Eu era um garoto de 12 anos que chegava em casa e minha mãe me esperava com o jantar pronto. Ela me acordava de manhã para não perder a aula, com o café pronto. Aqui, eu tinha de fazer o meu prato, saber a hora do colégio para não perder e tinha de me dar bem com as pessoas. Isso me ajudou como ser humano. Não tenho que falar, tenho de retribuir de alguma maneira. Se tiver que suar sangue, vou suar — afirmou o jogador, que estudou no colégio da agremiação.
A base do clube já teve maior representação entre os titulares. No último título, a Copa do Brasil de 2011, o número de revelações era maior: três (os volantes Allan e Rômulo, e o meia Felipe). Das conquistas recentes, essa é a que mais possui frutos das divisões inferiores.
Por exemplo, na campanha da Série B, em 2009, apenas dois participaram do time titular, que conduziu o Vasco de volta à elite do futebol brasileiro. Já na disputa vitoriosa do último Estadual, em 2003, não havia revelações como titulares.
O vínculo de Luan com o Vasco vai até julho de 2017. Para mantê-lo, em negociação feita no ano passado, a diretoria teve de abrir mão de parte de seus direitos econômicos (55% pertencem ao clube e 45% ao jogador). Um esforço que vem demonstrando resultado, já que o zagueiro é um dos destaques e vice-artilheiro do time no Estadual, com quatro gols.
— O Vasco é tudo para mim. É minha casa, minha primeira casa. A segunda é onde moro, e a terceira é a do Espírito Santo (ele é de Vitória). Foi onde vivi minha juventude, dos 13 aos 19 anos. Vivenciei muita coisa aqui dentro — disse.
Fonte: Extra