Com 56 pontos, o Vasco ainda precisa de mais oito pontos, em 15 que serão disputados, para voltar à primeira divisão. O time ainda fará mais dois jogos no Rio, além do de sábado. Vai receber Vila Nova, já rebaixado, e Icasa, que luta contra o rebaixamento. No turno, o Vasco perdeu para o então lanterna Vila Nova (2 a 1) e só empatou com o Icasa (1 a 1).
Segundo os matemáticos, Ponte Preta (64 pontos) e Joinville (63 pontos) já estão virtualmente garantidos na Série A em 2015. Restam, portanto, duas. O Vasco tem 87% de subir, contra 36% do Avaí, 30% do Atlético-GO, 15% do Santa Cruz e 14% do Ceará. Com chances remotas estão América-MG, Boa Esporte, Sampaio Corrêa, Luverdense e Náutico.
Apesar da confortável situação no que diz respeito aos números, o Vasco vive momentos de tensão. O time não vence há quatro jogos, e a torcida não anda satisfeita. No sábado, no desembarque no Rio após o empate de 1 a 1 com o Paraná, os jogadores foram recebidos por um grupo de 15 pessoas. No lugar de flores e aplausos, xingamentos e ameaças de agressão. O alvo principal foi o meia Douglas, que teve de deixar o Aeroporto do Galeão escoltado por seguranças.
Um dos mais experientes do elenco, o atacante Kleber, há nove jogos sem fazer gol, diz que não há mais tempo a perder e que são os jogadores que têm de resolver a situação dentro de campo.
Nesta segunda-feira, o time se reapresentou no CFZ. Um carro da Polícia Militar estava na local para qualquer eventualidade, mas nenhum torcedor apareceu para protestar.
Antes do treino, o gerente de futebol Rodrigo Caetano se reuniu com os jogadores no centro do campo e, sem a presença do técnico Joel Santana, fez cobranças durante pelo menos 15 minutos. Falou muito, gesticulou mais ainda. Tudo para que o Vasco, que não vence há quatro jogos, volte a ganhar.
Fonte: O Globo