Duzentos e dois dias depois de deixar São Januário de ambulância, Everton Costa ainda não poderá voltar aos gramados. Havia a expectativa de que a entrevista coletiva programada pelos médicos responsáveis pela recuperação do jogador, afastado do trabalho por um problema cardíaco, revelasse a programação do retorno dele aos treinos. Mas não foi o que ocorreu na manhã desta terça-feira, no CFZ.
De acordo com o médico Gustavo Gouveia, Everton Costa não está liberado para voltar a jogar futebol e seguirá sendo monitorado de perto pela equipe médica vascaína.

– Todos estão familiarizados com o que aconteceu com o Everton. Mas quero começar falando uma frase que talvez vá terminar com ela também. Neste momento, não está liberado para voltar a jogar futebol. Nesses seis meses teve ótima evolução, não teve arritmia, ficou assintomático, ou seja, sem sintomas, se sentiu normal nesses seis meses. Ele tem um desfibrilador que monitora o ritmo cardíaco, com isso temos certeza que não tivemos arritmia, isso fez com que liberássemos para fazer atividade física leve, junto com a fisiologia do Vasco, com Clóvis (Munhoz) e comigo. Como vai se comportar com atividade física leve, dentro da academia, do departamento de fisiologia do Vasco, com esforço leve. Ao longo dos dias e das semanas, vai ser avaliado e vai aumentar de acordo como ele se comportar. Isso seria assim mesmo que não tivesse nada no coração, ele perdeu condicionamento aeróbico, muscular, vai fazer retorno leve e vai ser monitorado. Se se comportar muito bem e mostrar que pode ir aumentando, vamos fazendo isso com toda segurança. Ao longo desse período, vai ser avaliado. A volta dele aos campos não tem data, não está definida, não sabemos se vai acontecer. No momento, não sabemos. Isso vai depender das próximas semanas. Isso é decisão não só nossa, mas de outros profissionais que cuidaram do Everton nesse tempo, uma equipe grande, que foi consenso de vários médicos, baseado na experiência e na literatura médica, levando em conta que antes de atleta é ser humano. Temos que ter toda a consciência possível para que nada aconteça – explicou o médico.
Fonte: GloboEsporte.com