A referência tem origem nas peladas. Quando chega mais duro, o ex-zagueiro justifica em alto e bom som: “Libertadores, Libertadores!”. Os próprios auxiliares e integrantes do departamento de futebol já incorporaram a brincadeira com jeito de coisa séria e usam o termo com frequência. No retorno aos trabalhos mais fortes com bola, tem sido comum ouvi-lo no campo do “Divino FC”.

– É uma cobrança, uma chamada do tipo “vamos, vamos” com o estilo do Adilson. O nível de intensidade é relativamente igual aos jogos para a gente. Então tem que abafar mesmo e não deixar cair – afirmou o lateral André Rocha, comandado por Adilson também no Figueirense.
O exemplo do camisa 2 do Vasco é justamente o Mundial disputado no Brasil.
– Tem que ser pegado, hoje não tem bobo no futebol. Se vê isso na Copa, em que as equipes consideradas médias ou mais fracas estão dando trabalho. O time que quer vencer é no clima de Libertadores mesmo. Enquanto não acabar (o treino), não pode parar.
Dinâmico e agitado, o técnico gosta de participar das atividades, seja com orientações ao pé do ouvido ou herdando um lugar no rachão mesmo – e sem aliviar. A transpiração de Adilson é algo marcante nos ensaios e nas partidas. A ponto de, na última terça-feira, ele ter se metido no circuito físico montado para os pupilos com o intuito de perder uns quilinhos a mais.
Um dos maiores representantes desse estilo aguerrido é o volante Guiñazu. Marcador nato como foi Adilson, o argentino não podia deixar de se identificar com este modo de agir.
– Ele passa isso porque jogava desse jeito. Vai querer transmitir o que é o sentimento dele. É a coisa certa a se fazer. Não tem bola perdida, cada lance é o ultimo, e ele tenta transmitir isso nos treinos. E tem muito jogador inteligente e capaz aqui que entende o recado.
Fonte: GloboEsporte.com