Fora, Guiñazú admite "gosto amargo" e dá receita para o título: mais atitude

Quando o técnico Alejandro Sabella deixou de convocar Guiñazu para as eliminatórias, abriu mão de um cão de guarda na marcação que se doa por sua seleção, mas, em troca, ganhou um dos maiores torcedores para esta Copa do Mundo. Da pouco badalada Pinheiral, na região sul-fluminense, o camisa 5 do Vasco estará torcendo pela classificação às oitavas de final quando a bola rolar para Argentina e Irã, neste sábado, às 13h, no Mineirão. Para chegar ao título, que não vem desde 1986, a receita do Cholo é simples: aliar a qualidade com a atitude.
 
Guinazu Coletiva Vasco (Foto: André Casado)

– Fiz parte do processo das eliminatórias até a partei final e sei da qualidade de todos. Temos uma seleção muito forte e todos sabem o que fazer ali dentro. Não é fácil para ninguém, e o Mundial está mostrando que é bem difícil. O profissionalismo é muito alto, tem que vencer com qualidade e atitude também. Isso é importante, mostrar um diferencial para levar vantagem.

A comparação entre as últimas seleções, para Guiñazu, não deve ser feita, porque as equipes são semelhantes e mostram muita força. O cabeça de área lembra apenas que os argentinos merecem tanto a conquista da Copa por causa de seu povo, que vive em crise há três anos.

Sem ressentimentos, o volante vascaíno reconhece que a exclusão do Mundial ocorreu por causa da idade e das lesões que o tiraram de ação por mais de seis meses no total.

– Tenho me machucado nos últimos momentos, e é claro que fica um gosto amargo por não estar lá. Mas não posso reclamar, estou alegre e agradecido por ter participado. Com 32 anos, como quando comecei, e ter 35 agora não é nada fácil seguir chamando a atenção.

A invasão argentina ao Maracanã não causou supresa.

– Já imaginava. É diferente dos brasileiros. Lá o sentimento para a seleção é outro. Tem gente que vem com a roupa do corpo e só. Compra o ingresso com muito sacrifício.

O carinho pelo Brasil existe, mas Guiñazu só quer saber das vitórias hermanas.

– Nunca vou torcer contra, não sou um cara assim. Torço pela minha Argentina mesmo. O melhor vai vencer, e num grupo como o do Vasco é legal a brincadeira sadia.

Fonte: GloboEsporte.com

Notícia anterior'Cão de guarda' do Vasco, Guiñazú se recupera de lesão e volta aos treinos
Próxima NotíciaEdmundo sinaliza ter apoio de Juninho e Felipe em eleições do Vasco