
– Não sou desses que esconde e diz que fez tudo certo. Me arrependo de bastante coisa, sim. Infelizmente, tomei um caminho que me fez perder tempo. Mas foi tudo uma vez só, não pode é insistir. O Japão me ajudou muito nisso, cheguei como a maior contração da temporada e para resolver. Estava também longe das amizades, daquele pessoal que atrapalha. Coloquei mais energia no campo e no dia a dia e evoluí. Hoje, graças a Deus sou tranquilo, e financeiramente dá para os estudos dos meus filhos. É o que eu quero.
O encontro com Adilson no Jubilo Iwata foi o início de uma parceria que veio a render frutos quando repetida no Cruzeiro, em 2009, com dois Mineiros e o vice-campeonato na Libertadores. Segundo as palavras de Fabrício, o chefe mexeu com a sua maneira de enxergar o jogo.
– Ele me ajudou demais na parte disciplinar, é um cara que trabalha muito pensando na vitória e pesou esse convite dele para vir para o Vasco. Aprendi a estudar mais o adversário que iríamos enfrentar. É uma coisa dele passar tudo mastigado como os caras jogam, não só em vídeo, mas demonstrando no treino. Assim você vai vivendo a partida três, quatro dias antes – explicou.
Tal admiração e a capacidade de se articular e se expressar, no entanto, não instiga o volante ao fazer planos a longo prazo. Virar técnico, nem pensar – “só se eu ficar louco”, diz, “sinto falta da minha família e vou ficar com eles mais tempo possível”. E prefere não se antecipar sobre uma possível renovação de contrato com o clube de São Januário.
– Meu foco agora é algo mais palpável, não distante do presente. Estou focado na volta do Vasco à Série B, na Copa do Brasil que vem forte aí e em terminar o ano jogando, na minha melhor forma, o que não acontece há um bom tempo. Aí depois a gente vê o que melhor.
Fonte: Globo.com