Como previsto, Leila Pereira foi confirmada por goleada como conselheira do Palmeiras.
De 228 conselheiros presentes, não mais que 45 se levantaram contra sua confirmação e destes apenas 30 assinaram a ata para registrar seus votos.
São os palmeirenses que honraram a tradição do clube fundado em 1914.
Nos discursos de apoio não houve nenhuma referência ao fato de ela não ter direito a ser eleita, como não foi apresentado nenhum documento que provasse ser Leila Pereira sócia desde 1996. Um escárnio!
Apenas houve falas em que foram mencionadas a “inveja” de quem critica o dobrar da espinha dorsal para o dinheiro do patrocínio e a expectativa de o Palmeiras dominar o futebol brasileiro pela próxima década. Ridículo é pouco.
Houve até quem dissesse, sem corar, que “não devemos ficar com melindres legais quando há tanto dinheiro disponível”, numa cena de subserviência explícita.
A covardia foi tamanha que nem Paulo Nobre apareceu para votar ao pedir seis meses de licença do Conselho.
Consta que esteja politicamente morto no clube.
E a madame pavimentou o caminho para vir a presidir o Palmeiras, embora seja vascaína.
A expectativa, agora, é a de que os que votaram contra entrem na Justiça para fazer valer o estatuto do clube, ignorado pela maioria da subserviente assembleia de ontem à noite.
Se não bastasse, também com apoio de Mustafá Contursi, Seraphim Del Grande foi eleito presidente do Conselho Deliberativo.
Del Grande apequenou-se de uma vez por todas porque sempre foi o maior crítico de Contursi.
Pobre clube rico.
Fonte: Blog do Juca Kfouri – UOL