
Dois dias depois de se reunir com Eurico para fazer a transição de poder, Dinamite assinou uma procuração autorizando seu vice-jurídico, Roberto Duque Estrada, a reconhecer a dívida com Macêdo e agilizar para que a 47° Vara Cível executasse o clube a pagar. O acordo relâmpago entre o advogado e o Vasco saiu no dia primeiro de dezembro.
— Uma citação dessas demoraria pelo menos um mês para o Vasco ser citado. Mas o clube não foi nem citado. Nunca vi um clube procurar o prejuízo — disse o novo vice-jurídico, Paulo Reis.
Dinamite já havia assinado confissão de dívida alegando que Macêdo teria direito a receber 3,5% em honorários pelo montante reduzido no caso Romário, entre outros. O advogado, que garantiu o ex-presidente no poder nos últimos meses aliando-se ao candidato Julio Brant para estender o mandato, virou inimigo número um de Eurico.
— Isso pode fazer com que eu torne público outras coisas. Fiz um compromisso de olhar para frente e resolver internamente. Mas esse caso é grave — disse Eurico Miranda, dando fim à trégua outrora acordada com Dinamite.
O advogado Marcello Macêdo divulgou um texto para dar sua versão. Ele alegou que o benefício é “rigorosamente razoável, principalmente pela batalha incessante para se conseguir obter o acordo que foi excepcional para o Vasco da Gama, ainda mais quando o Sr. Eurico Miranda que se diz Vascaíno apaixonado, dava declarações, por escrito, de que a dívida era verdadeira e o valor devido”, alegou o advogado, citando a confissão de dívida com Romário assinada por Eurico.
Macêdo terá seu contrato rescindido.
Fonte: Extra