Ex-vice-jurídico defende acordo com advogado do Vasco: "Nada de conluio"

Eurico e Dinamite no Vasco (Foto: Divulgação / Paulo Fernandes)
 
 
Eurico Miranda, no primeiro dia oficial na cadeira na presidência do Vasco, acusou o advogado Marcello Macedo, o presidente Roberto Dinamite e o ex-vice-presidente jurídico Roberto Duque Estrada de fazerem um acordo em prejuízo do clube. Em entrevista coletiva nesta tarde, Eurico disse que houve um conluio entre as partes para uma ação com valores superiores a R$ 4 milhões. O GloboEsporte.com entrou em acordo com os três personagens – Dinamite não atendeu às tentativas por telefone -, que procuraram explicar o caso e se defenderam do que disse o novo presidente do Vasco. Segundo Duque Estrada, o valor informado por Eurico está errado: o acordo foi realizado por R$ 3,2 milhões – exatos R$ 1 milhão a menos do que o novo presidente denunciou na coletiva de imprensa.

Ex-vice-jurídico do Vasco, Duque Estrada lembrou que a contratação de Macedo é bem anterior à sua chegada ao clube. O advogado prestava serviços ao Vasco desde o início da gestão Dinamite, em 2008. Duque Estrada passou a responder pelo departamento no ano passado. Eurico revelou os vencimentos de Macedo pagos pelo Vasco. O advogado recebia em honorários advocatícios R$ 30 mil mensais.

– O contrato dele tinha uma remuneração que não estava sendo paga pelo Vasco. O clube precisava regularizar isso. Marcello até deu um desconto razoável. Nada de conluio, não tem isso. Apenas o pagamento de uma dívida que o Vasco reconhece com um advogado por seus serviços prestados – disse Duque Estrada.

O ex-vice-presidente do Vasco lembrou processos que Marcello Macedo conseguiu bonificação em defesa do Vasco e citou o caso Romário.

– (A dívida) Era um valor mensal que deveria ter sido pago por dois anos, além de porcentagem em relação a êxito nos processos. Até tem a ver com a dívida do Romário, a redução que conseguimos. Esse valor é uma combinação disso. É menos de R$ 4 milhões. Pelo que lembro ficou em R$ 3,2 milhões com o desconto. Se o Marcello fosse executar a dívida, o que seria um direito dele, chegaria quase a R$ 5 milhões. Foi tudo parcelado a longo prazo de forma transparente. Mas é óbvio que foi feito rapidamente. Era preciso resolver na gestão Roberto. Com o Eurico ele não iria receber nada – afirmou o ex-dirigente do Vasco.

No documento distribuído à imprensa após a coletiva, não havia a cláusula 2.2 do acordo, que falava da forma de pagamento e das parcelas previstas para quitar a dívida com o advogado. Segundo Duque Estrada, ali estava especificado o valor correto, de R$ 3,2 milhões.

Fonte: GloboEsporte.com

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