Se a fase do Vasco em campo não anima, já que a Série B vai chegando ao fim sem tranquilidade, o torcedor cruz-maltino pode se orgulhar do sucesso que crias da base vão tendo no país e até no exterior. São nomes que vão escrevendo suas histórias também na Seleção Brasileira, e que dão esperança para o torcedor de que dias melhores podem surgir com as promessas de São Januário. O atacante Thalles e o lateral Lorran, por exemplo, são frequentemente convocados para as Seleções de base.
O destaque é, inegavelmente, Phillipe Coutinho. O meia-atacante do Liverpool deixou o Brasil em 2010 e demorou para se firmar na Europa, mas, depois de peregrinar por Internazionale e Espanyol, encontrou seu melhor futebol no Campeonato Inglês. Assim, tem sido presença constante na Seleção Brasileira após a Copa do Mundo.
Outros nomes que vão ganhando espaço com Dunga são os volantes Souza e Rômulo. O primeiro, atualmente no São Paulo, chegou a ser titular do Porto, esteve no Grêmio e, no Tricolor Paulista, a qualidade no passe vem chamando atenção novamente. Rômulo, por sua vez, está na terceira temporada protegendo a defesa do Spartak Moscou e, quando Mano Menezes foi técnico da Seleção, chegou a ser titular. Porém, uma lesão o afastou da Amarelinha. Com o retorno de Dunga, ele volta a figurar entre os convocados.
Isso sem contar Alan Kardec. O centroavante que hoje brilha no futebol paulista surgiu na Colina marcando gol em clássico contra o Botafogo, em 2007, foi ganhando terreno e acabou vendido para o Benfica. Hoje em dia seu nome é sempre especulado às vésperas de convocações. Outro consagrado no cenário nacional é o goleiro Fábio, já com mais estrada, mas ídolo no Cruzeiro.
Talentos de ontem, hoje e amanhã
Coordenador das divisões de base do Vasco há pouco mais de dois anos, o ex-zagueiro Mauro Galvão lembra que o Vasco tem histórico de revelar jogadores com nível de seleção. Ele comentou, ao LANCE!Net, que esses talentos vão levando o nome do clube por onde passam com a Seleção.
– O Vasco tem essa tradição. Giovane, Romário, Edmundo, Carlos Germano… e outros tantos. Esses que vêm sendo chamados agora saíram cedo, mas sempre que tem convocação fica uma satisfação. É importante porque acaba levando o nome do Vasco – disse Galvão.
Ele comemora as constantes presenças de Thalles e Lorran nas Seleções de base. Ambos foram desconvocados por Gallo dos amistosos que fariam em novembro para ajudar o Cruz-Maltino na reta final da temporada, mas fazem parte dos planos do treinador da Seleção Olímpica.
– São jogadores que têm sido convocados, e ainda há outros começando. Vamos trabalhando com bastante cuidado para que eles possam ajudar o Vasco no time profissional e servir também à Seleção – afirmou.
Mauro Galvão falava dos jovens que vem se destacando nas categorias de base e já chamam atenção, como o lateral Richard, o meia Guilherme Costa, os atacantes Renato Kayser, Evander e Caio. Sem contar o goleiro Jordi, importante na conquista da Taça BH do ano passado e que, nesta temporada, já é o segundo goleiro do time profissional.
Apesar da confiança no trabalho que vem sendo realizado, o dirigente não estabelece uma meta de jogadores formados na base servindo o time profissional. Para Galvão, o importante é cada um chegar praticamente pronto, de forma a atender às expectativas.
– Colocar números é sempre perigoso, o importante é fazer com que os atletas cheguem no time profissional da melhor forma possivel, faltando pouca coisa. Assim eles vão se tornar profissionais importantes para o clube, chegando em condições de jogar com o mínimo de deficiências para aprimorar – concluiu.
Fonte: LANCENET!