Seis meses e menos R$ 4 milhões: Vasco encaminha saída de afastados

Com a queda para a Série B, o Vasco precisou colocar em prática um plano emergencial de cortes profundos de gastos, já prevendo que a redução de receitas agravaria a crise financeira. E o principal objetivo era enxugar ao máximo a folha salarial, superior a R$ 4 milhões. No entanto, os contratos longos de jogadores não aproveitados atrapalharam a tentativa e, mais de seis meses depois, três deles ainda estão em São Januário: Michel Alves, Nei e Sandro Silva.

A situação está perto de ser contornada. Enquanto o goleiro conversa com um clube da Série B, o lateral-direito seria alvo de duas equipes da elite – após já ter recusado o Sport – e o volante deve ter o futebol turco como destino, em acerto que pode sair nesta segunda-feira. Caso as negociações sejam concretizadas, a diretoria economizará até R$ 480 mil mensais, referentes ao que ganha, no total, o trio – respectivamente, cerca de R$ 80 mil, R$ 220 mil e R$ 180 mil.

Esses cortes, somados com dois meses do volante Wendel (que se desligou na Justiça e foi para o Sport) e quatro e cinco dos zagueiros Rodolfo (cujo vínculo terminou e que está em busca de um time na Rússia) e Renato Silva (também acionou o Vasco e está perto do Avaí), correspondem a mais de R$ 4 milhões investidos em atletas que não entraram em campo em 2014. O valor seria capaz de pagar praticamente um mês geral em São Januário, entre elenco, comissão técnica e funcionários.

 
Michel Alves treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)

O diretor executivo Rodrigo Caetano e o diretor geral, Cristiano Koehler, se comunicam frequentemente com os representantes para achar soluções. Algumas opções foram descartadas por não terem interessado aos jogadores, que, mesmo com o atraso salarial, recebem todo o apoio para trabalhar e curtem a família e o Rio de Janeiro com poucas obrigações profissionais. O Boa Esporte-MG esperou por Sandro mais de um mês, mas o volante recusou. Neste caso, assim como será o de Nei, os vencimentos seriam compartilhados entre os clubes. 

 
nei vasco e Ponte preta série A (Foto: Rodrigo Villalba / Agência Estado)

– Conseguiram clubes para eles e no momento estão em tratativas avançadas – resume Caetano.

Com 33 jogadores no grupo, já não há mais espaço para reintegração. Nomes caros no mercado como Douglas e Kléber Gladiador chegaram através do caminho inverso: Corinthians e Grêmio, respectivamente, ainda são os responsáveis pela maioria dos custos previstos em contrato e os emprestaram para que ganhassem destaque novamente em uma vitrine importante no país.

O Vasco vive a expectativa de um processo eleitoral, inicialmente marcado para o próximo 6 de agosto, mas nem mesmo um novo cenário anima o trio contratado pelo então diretor René Simões em 2013, com a anuência de Roberto Dinamite. Aliás, os únicos daquela leva de mais de 20 jogadores que seguem prestigiados são Pedro Ken e Edmílson. O fato é que, ainda que sejam liberados, pelo menos Nei e Sandro Silva podem retornar, já que assinaram até 2016. 

Fonte: GloboEsporte.com

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