Pela terceira vez, o Vasco repete seu processo eleitoral no meio do ano. Desde que a Justiça interveio e invalidou a votação de 2006 – repetindo-a em 2008, com vitória de Roberto Dinamite sobre Eurico Miranda -, o clube vive a agitação com a temporada do futebol em andamento. Alheio à política, Adilson Batista tenta manter seus jogadores afastados do clima cada vez mais complicado nos bastidores, mesmo que, no futuro, isso possa respingar dentro de campo com eventuais mudanças.
– Temos que estar focados no nosso trabalho e não nos envolver com o aspecto político. Vamos fazer nosso trabalho, ser leais, profissionais, respeitar a instituição e deixar as eleições acontecerem. Não vamos nos envolver com isso, apenas nos preocupar com o jogo de terça-feira – disse o treinador, sobre o compromisso com o Santa Cruz, em Cuiabá, pela 11ª rodada da Série B, que marca a volta das competições após 45 dias.
Adilson não esconde, porém, que é estranha a sensação de mudanças internas em pleno mês de agosto e confessa que jamais havia vivido a experiência nos clubes que passou.
– Essas turbulências normalmente são sempre no fim do ano. É uma experiência nova, mas temos que aceitar e não podemos nos envolver – ressaltou.
Em meio à polêmica troca do fornecedor de material esportivo, o diretor executivo Rodrigo Caetano defendeu a gestão e ressaltou que o trabalho permanece firme, independentemente do que aconteça depois, e cita até o exemplo da contratação de Kléber para mostrar sua visão.
– O clube não pode parar. Eu sou apolítico, estou num um cargo técnico. Durante um processo eleitoral, nós temos a obrigação, independentemente do futuro presidente, de preparar da melhor maneira possível o clube para a futura gestão. Eu não posso ficar de braços cruzados, vendo o clube na situação que está na Série B, não privilegiando a preparação do time. Se fosse assim, não poderia trazer o Kléber para reforçar o elenco – argumentou.
A Umbro substituirá a Penalty e assinará contrato por três anos e meio, período maior do que o mandato do próximo presidente. Os grupos políticos reclamam que já havia um acordo para que não fossem feitos vínculos longos porque tentariam renegociar e prometer ir às últimas consequências contra a decisão atual diretoria. Já o atacante, além de ter vindo com os salários pagos pelo Tricolor Gaúcho, está emprestado somente até dezembro.
Fonte: GloboEsporte.com