
Contratado ao Ituano após o surpreendente título do Paulistão no primeiro semestre, Salles tem no parceiro um apoio para se locomover no Rio de Janeiro. Ambos foram rivais na base e sempre se encontraram em peladas beneficentes de fim de ano. Aos 26 anos, têm a chance de atuarem juntos. Mas a condição de reserva, claro, não agrada. Para o camisa 34, a expectativa é maior por ter recusado ir para o Palmeiras e, depois de dois meses, ainda não ter entrado em campo.
– Estou bastante tranquilo, a ansiedade é grande, claro, mas tem que respeitar quem estava aqui e está tão bem na posição, como o Rodrigo e o Luan. E os outros também, que são companheiros de qualidade. Vou buscar meu espaço no campo, nos treinos e, quando tiver oportunidade dada pelo Adilson, vou aproveitar – avisa Anderson Salles.
Já Rafael Vaz sentiu o gostinho de ser titular e empolgou a torcida com sua boa saída de jogo e golaços – de fora da área e até de voleio, contra o Friburguense, em fevereiro. Mas não esconde que quase colocou tudo a perder ao se deixar levar pelos excessos na noite carioca. Após ser afastado, teve uma sobrevida e, com a cabeça no lugar, espera dar a volta por cima.
– Ano passado todo mundo sabe o que aconteceu. Sei onde errei, onde acertei. No fim do ano, procurei assimilar tudo e ficar focado em 2014. Se pudesse voltar atrás, faria diferente e bem melhor. Esse ano já é outra história, pela minha conduta e esforço, estou sendo bem profissional e tenho certeza de que tudo vai dar certo – admitiu, esperançoso, sem pensar em empréstimo.
– Sou atleta do Vasco, estou aqui para cumprir meu trabalho e buscar meu espaço, sem pensar só em mim. Não falo que é momento de sair, porque estou tranquilo e com a confiança da comissão. Se o Vasco não me quiser, é outra coisa. Mas eu quero jogar pelo Vasco – assegura.
A proximidade entre a dupla, inclusive, também carrega uma característica interessante: são zagueiros-artilheiros. Somados, fizeram mais de dez nos últimos 12 meses. Rafael Vaz diz que apostas e brincadeiras são frequentes, mas que não podem esquecer que a missão principal é evitar os gols. Já Salles garante que permanece treinando à espera de uma brecha.

– Tenho treinado bastante, sim, sempre revezando com os bons cobradores. Nós temos esse DNA de fazer o gol e é uma característica importante, que precisamos explorar.
Nos aspectos a melhorar, com 1,80m, altura considerada baixa para um zagueiro, o recente reforço garante que compensa com a impulsão e o posicionamento. Como argumento, lembra que o Ituano tomava poucos gols pelo alto. Já Vaz ficou marcado nas oportunidades que teve por certa lentidão e por erros de passe dentro da própria área que deixaram o torcedor ressabiados. Douglas Silva, assim, tomou a sua frente como alternativa de Adilson.
Ambos deverão ter alguns minutos no jogo-treino deste sábado, contra o Atibaia, para mostrar que têm condição de brigar para ser titular. A próxima partida oficial do Vasco é no dia 15 de julho, contra o Santa Cruz, muito provavelmente na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Fonte: GloboEsporte.com