No comando do Vasco nos últimos seis anos, tudo indica que Roberto Dinamite não terá participação direta na eleição marcada para 6 de agosto, em São Januário. Isolado, o presidente rejeita o apoio às sete chapas que sugiram neste momento de projetos e alianças e só faz questão de pedir união política aos poderes do clube, que permanece em situação financeira delicada e luta para voltar à elite do Campeonato Brasileiro em meio à transição.
– Com relação à eleição, existem várias chapas e vários candidatos, e há o problema que ainda vai ser resolvido em relação aos sócios. Estamos buscando maior transparência em relação a isso. Quero e gostaria de ver o Vasco um pouco mais unido, o Vasco tem que estar em primeiro plano. Quero que o Vasco consiga sair dessa situação de Segunda Divisão, cumprir com as obrigações junto aos atletas e funcionários e passar essa situação aos profissionais e àqueles que pretendem ser candidatos à presidência do Vasco. Não apoio nenhuma das chapas, vou continuar a fazer meu trabalho em prol da instituição Vasco da Gama – comentou Dinamite, à Rádio Brasil, na Arena Corinthians, onde foi conferir a estreia do Brasil na Copa do Mundo.
No entanto, apesar do aparente afastamento, o maior artilheiro da história cruz-maltina ainda não descarta se lançar para um terceiro mandato, mesmo com a forte resistência interna e externa que sofre. A hipótese é improvável, mas é constantemente citada pelo presidente desde o início do ano. Ele lembra que não é possível controlar a gestão sozinho.
– Eu só seria candidato dentro de um critério onde um grupo tivesse vontade para fazer a coisa mudar dentro de São Januário. Nesse momento, acho uma situação bastante delicada, não é totalmente descartável. Isso não é a prioridade, e sim dar rumos ao Vasco, colocar o clube no melhor caminho. Num segundo momento verei se é possível ou não (se candidatar à presidência). Se não der, continuarei a amar e respeitar a minha instituição, que me projetou e me deu condições de ter sido o jogador que fui. Apesar do regime ser presidencialista, não há condições e é inviável se administrar um clube sozinho, e as pessoas que estavam junto e gostariam de estar junto preferiram sair e alçar voos mais altos, vamos ver se conseguem isso sem minha participação”
As chapas inscritas até aqui:
É Vasco – Eduardo Machado (do grupo Pró-Vasco, ex-vice-presidente de marketing) e Leonardo Gonçalves (da Cruzada Vascaína)
Vira Vasco – Nelson Rocha (ex-vice-presidente geral e ex-vice de finanças)
Vasco Passado a Limpo – Tadeu Correia (vice-presidente do departamento infanto-juvenil)
Chapa Azul – de Otávio Gomes, que apoia Fernando Horta
Volta Vasco! Volta Eurico! – Eurico Miranda (ex-presidente do Vasco)
Identidade Vasco – Roberto Monteiro (vice-presidente do Conselho Deliberativo)
Fonte: GloboEsporte.com