O Vasco empatou pela terceira vez seguida no Brasileirão da Série B. Nesta terça, jogando no estádio Nabi Abi Chedid contra o Bragantino, o Cruz-Maltino saiu na frente, já na etapa final, gol de Montoya, mas acabou por ceder a igualdade (1 a 1). Após a partida, o técnico Adilson Batista admitiu que a equipe não teve uma boa jornada.
– Um resultado ruim, não era a intenção. Tivemos posse de bola (65%) e domínio, rodamos bem. Mas erramos no último passe, na hora de servir ao companheiro. Finalizamos poucas vezes (seis em todo o jogo, sendo duas no lance do gol). O adversário teve algumas situações. Fizemos o gol numa falta (Montoya pegou o rebote após chute de Rodrigo) e não tivemos tranquilidade para segurar. A proposta do rival era o contragolpe. Levamos gol nessa pressão. Não jogamos bem. Não fizemos por merecer vencer.
Com o resultado, o Vasco aparece em 10º lugar na tabela de classificação, com 10 pontos. O time tem um jogo a menos que a maioria dos rivais – a partida contra o Náutico foi adiada para 12 de agosto. Mesmo se fossem contados os três pontos deste duelo, entretanto, o Vasco não chegaria ao G-4. O Luverdense, atual quarto colocado, tem 15 pontos.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Adilson Batista:
Avaliação do jogo
– Resultado ruim, não era a intenção. Tivemos posse e domínio, rodamos bem a bola. Mas erramos no último passe ao servir o companheiro. Finalizamos poucas vezes, duas só. Adversário teve algumas situações. Fizemos gol numa falta e não tivemos tranquilidade para segurar. A proposta do rival era o contragolpe, e levamos gol nessa pressão. Não jogamos bem, não fizemos por vencer.
O que faltou para a vitória?
– Faltou aquilo que falei, de servir o companheiro. Não tivemos a jogada individual. Não foi por falta de opção, jogamos com dois abertos. Infelizmente, não conseguimos furar esse bloqueio. Tivemos situação clara e contra-ataque que poderíamos fazer movimentação e não fizemos. Não furamos o bloqueio rival. Foi muito abaixo do que é o Vasco.
Qual o tamanho do desafio?
– Todos temos consciência. Após o estadual, tivemos seis ou sete baixas. Alguns jogadores estão com suas seleções, outros voltam de lesão e aqueles que ainda nem voltaram. Há quem não tenha esta compreensão. Tem de ter calma. Precisamos compreender algumas coisas, mudanças, trocas e oportunidades aos novos contratados. As coisas não estão saindo como a gente gostaria.
O que mais preocupa?
– Preocupa é o que disse: tem posse, mas não é incisivo. Tivemos seis ou sete situações de servir companheiro, mas pecamos. Tenho mostrado e cobrado para melhorar.
Bola parada não funcionou…
– Nós fizemos hoje. Levantamos a bola, mas ela viajou muito. Eles têm trabalhado. Série B é diferente de estadual.
Situação na tabela preocupa?
– É evidente que não gostaríamos de estar onde estamos. Mas há algumas situações: portões fechados, jogar sem ninguém, dificuldade de lesões, algumas trocas que você precisa fazer. Tem novos jogadores chegando, eu os estou conhecendo. Tudo isso reflete no entrosamento. Não é pretexto, é o que vive no dia a dia. É desconfortável. Não é para estar nesta situação.
Douglas não errou demais nos passes?
– Não é questão de estar sozinho na criação. Era preferível ter um jogador velocista do que outro com mesma característica. Vai errar porque vai chamar o jogo, arrisca. Quantas vezes recebeu de costas e passou um volante? Às vezes é a questão de opção desses velocistas. Se cobra com dois ou três jogos. É difícil. Alguns estão chegando, alguns estão voltando. Não estou usando de pretexto, mas futebol é sequencia.
Precisa de reforços?
– Isso é internamente com a direção.
Edmilson não está abaixo do que pode?
– Ele é a definição. Tem de relevar, ele está voltando de lesão. Precisa de mais tempo. Tem de ser compreensivo.
Fonte: Globoesporte.com